ROMANTISMO
Pétala
O seu amor Reluz
Que nem riqueza Asa do meu destino
Clareza do tino Pétala
De estrela caindo
Bem devagar...
Oh! meu amor!
Viver
É todo sacrifício
Feito
em seu nome
Quanto mais desejo
Um beijo, um beijo seu
Muito mais eu vejo
Gosto em viver Viver!
Por ser exato
O amor não cabe em si
Por ser encantado
O amor revela-se
Por ser amor Invade
E fim!!...
Djavan
CONFRONTO
Bateu, Amor à porte da Loucura.
"Deixe-me entrar, pediu, sou teu irmão.
Só tu me limparás da lama escura a que me conduziu a paixão"
A Loucura desdenha recebê-lo, sabendo quanto o Amor vive de engano, mas estarrece de surpresa ao vê-lo, de humano que era, assim tão inumano.
E exclama: "Entra correndo, o pouso é teu".
Mais que ningém mereces habitar minha casa infernal, feita de breu.
Enquanto me retiro, sem destino, pois não sei de mais triste desatino que este mal sem perdão, o mal de Amor"
Carlos Drummond de Andrade
Todas as cartas de amor são Ridículas.