AMARALINA

ROMANTISMO

ROMANTISMO

Pétala

 

 O seu amor Reluz

Que nem riqueza Asa do meu destino

Clareza do tino Pétala

De estrela caindo

Bem devagar...

Oh! meu amor!

Viver

 

 

É todo sacrifício

Feito

em seu nome

Quanto mais desejo

Um beijo, um beijo seu

Muito mais eu vejo

Gosto em viver Viver!

Por ser exato

O amor não cabe em si

Por ser encantado

O amor revela-se

Por ser amor Invade

E fim!!...

Djavan

 

CONFRONTO

Bateu, Amor à porte da Loucura.

"Deixe-me entrar, pediu, sou teu irmão.

Só tu me limparás da lama escura a que me conduziu a paixão"

A Loucura desdenha recebê-lo, sabendo quanto o Amor vive de engano, mas estarrece de surpresa ao vê-lo, de humano que era, assim tão inumano.

 

E exclama: "Entra correndo, o pouso é teu".

Mais que ningém mereces habitar minha casa infernal, feita de breu.

Enquanto me retiro, sem destino, pois não sei de mais triste desatino que este mal sem perdão, o mal de Amor"

Carlos Drummond de Andrade

 

 

 

 

 

 

Todas as cartas de amor são Ridículas.

 

Não seriam cartas de amor se não fossem Ridículas.

Também escrevi em meu tempo cartas de amor,

Como as outras, Ridículas.

As cartas de amor, se há amor,

Têm de ser Ridículas.

Mas, afinal,

Só as criaturas que nunca escreveram Cartas de amor

É que são Ridículas.

Quem me dera no tempo em que escrevia

Sem dar por isso Cartas de amor Ridículas.

A verdade é que hoje

As minhas memórias Dessas cartas de amor

É que são Ridículas. (Todas as palavras esdrúxulas, Como os sentimentos esdrúxulos,

São naturalmente Ridículas.)

Álvaro de Campos, in "Poemas" Heterónimo de Fernando Pessoa

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